28/6/2009 Golpe de Estado em Honduras, militares seqüestram o presidente Zelaya
Também perseguem ao povo: Manifestantes hondurenhos se protegem dos disparos dos soldados nas redondezas do Palácio Presidencial em Tegucigalpa (capital) nesse 28 de Junho 2009 (Foto Getty Images)
TeleSUR 27/06/09
Nas primeiras horas da manhã deste domingo, militares encapuzados invadiram a residência do presidente Manuel Zelaya. De acordo com a informação da enviada especial da TeleSUR no país, os militares armados presumidamente teriam levado o presidente ao Quartel General da Força Aérea, no entanto, é desconhecida a localização exata do presidente. A Chanceler do país denunciou que Zelaya “foi seqüestrado”.
A Chanceler Patricia Rodas disse à TeleSUR que é desconhecida, neste momento, a localização do presidente, “foi seqüestrado pelos militares”, denunciou. Informou que os militares sitiaram a sua residência e que tomaram a sede do Canal 8.
“Os militares cercaram minha casa, inclusive franco-atiradores”, insistiu. “Eles o seqüestraram e não sabemos seu paradeiro”. “Nossas casas estão rodeadas de militares e não sabemos quanto tempo mais teremos o direito de falar”, alertou a Chanceler.
Afirmou que “acabaram de cometer um crime contra a nossa democracia, já sabemos que os poderosos, responsáveis pelo nosso empobrecimento, não permitem ao nosso povo avançar no caminho da justiça e da liberdade”.
“Assassinaram mais uma vez a esperança de democracia, de eqüidade, com toda uma onda de terrorismo contra o nosso povo”, acrescentou.
A enviada especial da TeleSUR, Madeleine Garcia, ao país, disse que os soldados estão encapuzados e recusam-se a prestar qualquer declaração. Informou que os militares têm uma postura hostil com a imprensa presente no local.
Segundo as informações disponíveis até o momento, os militares haviam supostamente transferidos o presidente Manuel Zelaya para o Quartel General da Força Aérea, no qual foi retido, na quinta-feira passada, os materiais para o processo eleitoral de domingo.
“Não é conhecida a localização do Presidente Zelaya”, insistiu a enviada especial TeleSUR. Representantes de movimentos sociais estão convidando os organismos internacionais para interferir nesta situação. Denunciam o silêncio cúmplice de alguns meios de comunicação que não informam sobre a situação em Honduras.
Fazemos um chamado para os movimentos sociais a concentrar forças nos arredores do Palácio do Governo e denunciarem a situação. Classificam como “golpe de Estado” a ação militar deste domingo e apelam ao respeito e à integridade física de Manuel Zelaya.
“O presidente foi seqüestrado” denunciou à TeleSUR Luther Castillo, lider de movimento social. Pediu à sociedade em geral para permanecer em pontos de votação e para que se mobilize em defesa do sistema democrático.
Castillo fez um convite às organizações internacionais “voltem seus olhos para Honduras”, porque mesmo sob a presença de observadores internacionais, “militares entram na casa do presidente da República e o seqüestram”.
“Nós estamos pedindo respeito à integridade física do presidente e que ele seja libertado”, disse Castillo.
Alegou que fez um apelo para que os organizadores do referendo para permanecerem nos locais autorizados à votação.
“Estamos convidando os companheiros a permanecerem firmes, velando pala realização da votação”, disse Castillo, que considerou a atuação das Forças Armadas hondurenhas como “uma violação flagrante dos direitos humanos”.
“Exigimos a libertação, o mais rapidamente possível do presidente, este é um seqüestro e este povo não vai ficar com os nossos braços cruzados”, ressaltou Castillo.
Relatou que além da invasão militar do Canal 8 foi suspenso o serviço de energia elétrica, “Honduras está no escuro” denunciam os movimentos sociais.
A jornalista Florença Salgado que trabalha no casa presidencial, denunciou que os soldados entraram na casa do presidente e apontaram suas armas contra os presentes “é desumano o que estão fazendo, são os poderosos que estão em ação”.
A enviada especial TeleSUR Adriana Sivori informou de Honduras que grande parte das Forças Armadas está empenhada no golpe de Estado. Ressaltou que os jornalistas estão muito inseguros sob a mira das armas dos militares.
O referendo para determinar se uma Assembléia Nacional Constituinte é convocada, deve começar neste domingo em Honduras, com a abertura das urnas de votação que foram disponibilizadas nas praças das grandes cidades do país centro-americano.
O referendo, convocado a partir das assinaturas de mais de 400 mil hondurenhos, enfrenta a oposição de determinados setores políticos e sociais de Honduras, os mesmos que executam o golpe de Estado contra o presidente, Manuel Zelaya.
No sábado foram instalados em todo o país 15 mil urnas contendo o material a ser utilizado durante o dia do referendo.
Dois milhões de cédulas foram impressas para o referendo onde o público decide se concorda com realização da sondagem em novembro, se coloca uma quarta urna para convocar a Assembléia Constituinte que deverá redigir uma nova Constituição.
O presidente Manuel Zelaya, denunciou quinta-feira passada que havia se desencadeado um “processo de golpe de Estado” contra ele, por ter feito um chamado ao povo para que não se detenha no jogo das oligarquias e para que defenda, a seu lado, o Estado de Direito”.
Em declarações exclusivas à TeleSUR assinalou que recorreu ao povo “para que me defenda, para que defenda os direitos constitucionais do país, o Estado de Direito”.
As declarações do presidente se produziram minutos depois que da Supremo Tribunal arbitrou a restituiu ao cargo o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Romeo Vasquez, removido por desobedecer as ordens do Presidente Manuel Zelaya.
O Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) levou ao meio-dia desta quinta-feira ao Ministério Público uma denúncia para que esta instituição proceda imediatamente a apreensão de toda a logística referente a realização da sondagem que o Executivo planejada realizar no domingo.
Após a denúncia, o procurador-geral Jorge Alberto Rubí ordenou a formação de uma equipa de de ficais liderada por Henry Salgado, titular da Procuradoria Contra a Corrupção para que, em conjunto com o TSE, proceda à apreensão do material.
Frente à medida, milhares de hondurenhos se mobilizaram junto a Zelaya para resgatar o material que permaneceu seqüestrado no Quartel General da Força Aérea do país.
Com a recusa das autoridades na distribuição do material eleitoral, o mesmo foi distribuído por cerca de 45 mil cidadãos da sociedade civil hondurenha.
TeleSUR / md-YR
Fonte original: http://www.telesurtv.net/solotexto/nota/index.php?ckl=53007
Tradução Dario da Silva.
"A CNN ficou colada a tarde toda nisso, enquanto em Honduras o povo saiu à rua com o presidente à frente, enfrentando o perigo até à morte. E a CNN sempre transmitindo uma notícia que é lamentável"
"Se o Michael Jackson morreu, que descanse em paz, é um ser humano. Mas foi a tarde toda dizendo que ganhou não sei quantos prêmios, que vendeu não sei quantos discos. Isto é o capitalismo"
"O império [EUA] tem muito a ver com o que acontece em Honduras."
palavras de Hugo Cháves a respeito do golpe militar em Honduras.
Também perseguem ao povo: Manifestantes hondurenhos se protegem dos disparos dos soldados nas redondezas do Palácio Presidencial em Tegucigalpa (capital) nesse 28 de Junho 2009 (Foto Getty Images)
TeleSUR 27/06/09
Nas primeiras horas da manhã deste domingo, militares encapuzados invadiram a residência do presidente Manuel Zelaya. De acordo com a informação da enviada especial da TeleSUR no país, os militares armados presumidamente teriam levado o presidente ao Quartel General da Força Aérea, no entanto, é desconhecida a localização exata do presidente. A Chanceler do país denunciou que Zelaya “foi seqüestrado”.
A Chanceler Patricia Rodas disse à TeleSUR que é desconhecida, neste momento, a localização do presidente, “foi seqüestrado pelos militares”, denunciou. Informou que os militares sitiaram a sua residência e que tomaram a sede do Canal 8.
“Os militares cercaram minha casa, inclusive franco-atiradores”, insistiu. “Eles o seqüestraram e não sabemos seu paradeiro”. “Nossas casas estão rodeadas de militares e não sabemos quanto tempo mais teremos o direito de falar”, alertou a Chanceler.
Afirmou que “acabaram de cometer um crime contra a nossa democracia, já sabemos que os poderosos, responsáveis pelo nosso empobrecimento, não permitem ao nosso povo avançar no caminho da justiça e da liberdade”.
“Assassinaram mais uma vez a esperança de democracia, de eqüidade, com toda uma onda de terrorismo contra o nosso povo”, acrescentou.
A enviada especial da TeleSUR, Madeleine Garcia, ao país, disse que os soldados estão encapuzados e recusam-se a prestar qualquer declaração. Informou que os militares têm uma postura hostil com a imprensa presente no local.
Segundo as informações disponíveis até o momento, os militares haviam supostamente transferidos o presidente Manuel Zelaya para o Quartel General da Força Aérea, no qual foi retido, na quinta-feira passada, os materiais para o processo eleitoral de domingo.
“Não é conhecida a localização do Presidente Zelaya”, insistiu a enviada especial TeleSUR. Representantes de movimentos sociais estão convidando os organismos internacionais para interferir nesta situação. Denunciam o silêncio cúmplice de alguns meios de comunicação que não informam sobre a situação em Honduras.
Fazemos um chamado para os movimentos sociais a concentrar forças nos arredores do Palácio do Governo e denunciarem a situação. Classificam como “golpe de Estado” a ação militar deste domingo e apelam ao respeito e à integridade física de Manuel Zelaya.
“O presidente foi seqüestrado” denunciou à TeleSUR Luther Castillo, lider de movimento social. Pediu à sociedade em geral para permanecer em pontos de votação e para que se mobilize em defesa do sistema democrático.
Castillo fez um convite às organizações internacionais “voltem seus olhos para Honduras”, porque mesmo sob a presença de observadores internacionais, “militares entram na casa do presidente da República e o seqüestram”.
“Nós estamos pedindo respeito à integridade física do presidente e que ele seja libertado”, disse Castillo.
Alegou que fez um apelo para que os organizadores do referendo para permanecerem nos locais autorizados à votação.
“Estamos convidando os companheiros a permanecerem firmes, velando pala realização da votação”, disse Castillo, que considerou a atuação das Forças Armadas hondurenhas como “uma violação flagrante dos direitos humanos”.
“Exigimos a libertação, o mais rapidamente possível do presidente, este é um seqüestro e este povo não vai ficar com os nossos braços cruzados”, ressaltou Castillo.
Relatou que além da invasão militar do Canal 8 foi suspenso o serviço de energia elétrica, “Honduras está no escuro” denunciam os movimentos sociais.
A jornalista Florença Salgado que trabalha no casa presidencial, denunciou que os soldados entraram na casa do presidente e apontaram suas armas contra os presentes “é desumano o que estão fazendo, são os poderosos que estão em ação”.
A enviada especial TeleSUR Adriana Sivori informou de Honduras que grande parte das Forças Armadas está empenhada no golpe de Estado. Ressaltou que os jornalistas estão muito inseguros sob a mira das armas dos militares.
O referendo para determinar se uma Assembléia Nacional Constituinte é convocada, deve começar neste domingo em Honduras, com a abertura das urnas de votação que foram disponibilizadas nas praças das grandes cidades do país centro-americano.
O referendo, convocado a partir das assinaturas de mais de 400 mil hondurenhos, enfrenta a oposição de determinados setores políticos e sociais de Honduras, os mesmos que executam o golpe de Estado contra o presidente, Manuel Zelaya.
No sábado foram instalados em todo o país 15 mil urnas contendo o material a ser utilizado durante o dia do referendo.
Dois milhões de cédulas foram impressas para o referendo onde o público decide se concorda com realização da sondagem em novembro, se coloca uma quarta urna para convocar a Assembléia Constituinte que deverá redigir uma nova Constituição.
O presidente Manuel Zelaya, denunciou quinta-feira passada que havia se desencadeado um “processo de golpe de Estado” contra ele, por ter feito um chamado ao povo para que não se detenha no jogo das oligarquias e para que defenda, a seu lado, o Estado de Direito”.
Em declarações exclusivas à TeleSUR assinalou que recorreu ao povo “para que me defenda, para que defenda os direitos constitucionais do país, o Estado de Direito”.
As declarações do presidente se produziram minutos depois que da Supremo Tribunal arbitrou a restituiu ao cargo o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Romeo Vasquez, removido por desobedecer as ordens do Presidente Manuel Zelaya.
O Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) levou ao meio-dia desta quinta-feira ao Ministério Público uma denúncia para que esta instituição proceda imediatamente a apreensão de toda a logística referente a realização da sondagem que o Executivo planejada realizar no domingo.
Após a denúncia, o procurador-geral Jorge Alberto Rubí ordenou a formação de uma equipa de de ficais liderada por Henry Salgado, titular da Procuradoria Contra a Corrupção para que, em conjunto com o TSE, proceda à apreensão do material.
Frente à medida, milhares de hondurenhos se mobilizaram junto a Zelaya para resgatar o material que permaneceu seqüestrado no Quartel General da Força Aérea do país.
Com a recusa das autoridades na distribuição do material eleitoral, o mesmo foi distribuído por cerca de 45 mil cidadãos da sociedade civil hondurenha.
TeleSUR / md-YR
Fonte original: http://www.telesurtv.net/solotexto/nota/index.php?ckl=53007
Tradução Dario da Silva.
"A CNN ficou colada a tarde toda nisso, enquanto em Honduras o povo saiu à rua com o presidente à frente, enfrentando o perigo até à morte. E a CNN sempre transmitindo uma notícia que é lamentável"
"Se o Michael Jackson morreu, que descanse em paz, é um ser humano. Mas foi a tarde toda dizendo que ganhou não sei quantos prêmios, que vendeu não sei quantos discos. Isto é o capitalismo"
"O império [EUA] tem muito a ver com o que acontece em Honduras."
palavras de Hugo Cháves a respeito do golpe militar em Honduras.