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26.9.08

O Voto Nulo e a Violência Urbana...

O Voto Nulo e a Violência Urbana... [ Meras Considerações ]
O texto que segue é um comentário sobre um outro texto, que está no Site VOTONULO.ORG ( clique no link pra conferir o texto ) que o cara respondeu, daí o cara respondeu,daí eu respondí, o cara respondeu... e ficou tão direitista pra um texto sobre voto nulo,que eu preferí deixar pra lá...
diagramação de Daniel, banda Discrepante

Se me permite ( ou não ), tenho minhas ressalvas sobre o trecho "Não adianta ficarmos comparando nossas leis com países civilizados, o Brasil não o é" . Ora essas, não é desse tipo de limitação em mentalidade que necessitam os mesmos oportunistas dos últimos parágrafos?

Diminua a maioridade penal, acione a prisão perpétua, ative o batalhão de fuzilamento e a cadeira elétrica, recorramos às palmatória e chibatadas em salas de aula... e ainda assim, na manhã seguinte vai estar tudo lá, tudo outra vez, tudo muito pior.


- A JUVENTUDE VIOLENTA É REFLEXO DE UMA SOCIEDADE VIOLENTA -

- A SOCIEDADE VIOLENTA É REFLEXO DE POLÍTICAS E GOVERNOS BENEFICIÁRIOS DA MISÉRIA -

- A MISÉRIA É RECORRENTE DA POUCA OU NULA PARTICIPAÇÃO POLÍTICA ( EFETIVA E CONSTANTEMENTE ATIVA, E NÃO SÓ A CADA QUATRO ANOS ) -


Resumindo, quem aprende apanhando, só aprende a bater...

Paliativos como "autuar e prender uma criança de cinco anos" não vão resolver muita coisa, quando muito vão afastar as ações violentas das ruas e escolas dos ricos. Mas aqui, periferia, a história prossegue...

Essa mesma violência descrita no texto supra redigido tem solução sim, mas com um ataque direto e voluntarioso no "sistema nervoso político" do país.

Votar nulo vai resolver essa situação? ( perguntinha capciosa e previsível que qualquer "BURGOcrata" fará... ) - Não, não vai.

É só um passo de demonstração severa e, por que não, rancorosa de descontentamento.

É um romântico passo anarquista rumo à "destruição de castelos".

Mas e depois?

Depois vem o passo social (coletivo e igualmente romântico) da construção de um novo império, a partir das cinzas daquele, anteriormente derrubado. Sendo mais específico, vejamos as saudosas comunidades zapatistas, em que o povo ( que é "POVO" e não "MASSA" ) participa ativamente de todas as questões públicas. Sei que é um exemplo tanto quanto reduzido; em proporções, é estranho o comparativo com uma nação ( ainda mais uma de proporções continentais! ). Mas, veja, nada acontece sem que o povo tenha participado ativamente pelo voto, e esse mesmo povo, nem leva em consideração no dia-a-dia comum a existência de Felipe Calderón, seus ministérios e suas forças militares...

Sabe aonde poderíamos chegar com isso?

Claro, quem é morador de periferia já reparou o quanto se constrói, se conserta, se inaugura, se asfalta, se recapeia em ano de eleições, apelando pra memória curta do povo ( que ainda é só "MASSA" pois não exerce nem impõe sua opinião e reais desejos e necessidades) e garantindo a continuidade dos pés-de-meia por mais quatro anos. Ora essas, estando sob a constante pressão de todas as questões terem de passar pelo crivo popular, fatalmente se sentirão obrigados a agir com mais rapidez em todas as questões! Aqui está o ponto em que a segurança pública seria efetiva, abrangente a todos, indiferente de classe social... Pois o povo ( que agora já não seria mais "MASSA" pois se impõe, opina ) atacaria veementemente a miséria que o circunda. Os eleitos estariam sob um lema "preciso trabalhar pra poder continuar"... Não é o Ideal, mas já seria algo...

Claro, ainda há muitas outras questões como o foco da corrupção que é o piso salarial, a intervenção de setores religiosos em caráter político, a forma de divulgação de campanhas, os pré-requisitos pra se candidatar...

É fácil? Não,não mesmo.

Mas foi justamente a busca pela facilidade que nos trouxe até o estágio atual... esperando que o voto, como ele é atualmente, traga alguma mudança relevante...

Há muito chão ainda...

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