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29.3.10

Vídeo: "Tropas brasileiras no Haiti..."

Eficaz resumo do que significa para os haitianos a presença das "tropas pacificadoras" da Minustah....




(>>>)

27.3.10

"O Pai, O Filho e o Escarro Santo..."

"Não nascido, cagado na existência,
um aborto tumoral na forma de bebê...

Excreção doentia... Eu não sou um Animal.
Um animal em pele de Feltro
O Reino da pele é meu deleite,
Um país de pestilência.
Jardim de doença, suando veneno,
lágrimas de pus.

Eu só quero tocar você, segure-me em seus braços
e diga que tudo está bem, mamãe.
Mas eu me ergo de um fosso de pestes -
Espectro da imundície,

O Pai, O Filho e o escarro Santo!"
[ Asilo Arkham, "CARA de BARRO" por Grant Morrison ]




(...)

22.3.10

Página da Reforma Agrária, no ar...



Veio ao ar desde a quinta-feira, dia18 de março de 2010, o blog da rede de comunicadores em apoio à reforma agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais. A decisão da criação da página e seu intuito foram estabelecidas uma semana antes, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, contando com cerca de 100 pessoas, entre jornalistas, radialistas, blogueiros, estudantes e radiodifusores comunitários.


Além de apresentar o que imprensa oficial não tem permissão para o fazer , como experiências bem sucedidas de assentamentos rurais, reforma agrária e agriultura familiar, aequipe se propõe a acompanhar a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) imposta no fim de 2009 pela truculenta e ardilosa bancada ruralista que cavalga nas costas dos setores de mídia e imprensa.
( essa mesma impensa que vive brigando por uma suposta liberdade de expressão... ou liberdade de veicular o equivalente pelo que lhe pagam...)

Sessões fixas, como o raio-x do latifúndio, impactos do agronegócio, quem apóia a reforma agrária, entre outras...

Segue trecho de texto extraído da página...


"A imagem de um trator a derrubar laranjais no interior paulista, numa fazenda grilada, roubada da União, correu o país no fim do ano passado, numa campanha claramente orquestrada. Agricultores/as miseráveis foram presos, humilhados. Seriam os/as responsáveis pelo “grave atentado”. A polícia trabalhou rápido, produzindo um espetáculo que foi parar nas telas da TV e nas páginas dos jornais. O recado parece ser: quem defende reforma agrária é “bandido/a”, é “marginal”. Exemplo claro de “criminalização” dos movimentos sociais.

Quem comanda essa campanha tem dois objetivos: impedir que o governo federal estabeleça novos parâmetros para a reforma agrária (depois de três décadas, o governo planeja rever os “índices de produtividade” que ajudam a determinar quando uma fazenda pode ser desapropriada); e “provar” que os que derrubaram pés de laranja são responsáveis pela “violência no campo”.

Trata-se de grave distorção.

Comparando, seria como se, na África do Sul do Apartheid, um manifestante negro atirasse uma pedra contra a vitrine de uma loja onde só brancos podiam entrar. A mídia sul-africana iniciaria então uma campanha para provar que a fonte de toda a violência não era o regime racista, mas o pobre manifestante que atirou a pedra.

No Brasil, é nesse pé que estamos: a violência no campo não é resultado de injustiças históricas que fortaleceram o latifúndio, mas é causada por quem luta para reduzir essas injustiças. Não faz o menor sentido?

A violência no campo tem um nome: latifúndio. Mas isso você dificilmente vai ver na TV. A violência e a impunidade no campo podem ser traduzidas em números: mais de 1500 agricultores foram assassinados nos últimos 25 anos. Detalhe: levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostra que dois terços dos homicídios no campo nem chegam a ser investigados. Mandantes (normalmente grandes fazendeiros) e seus pistoleiros permanecem impunes.

Uma coisa é certa: a reforma agrária interessa ao Brasil. Interessa a todo o povo brasileiro, aos movimentos sociais do campo, aos/as trabalhadores rurais e ao MST. A reforma agrária interessa também aos/as que se envergonham com os acampamentos de lona na beira das estradas brasileiras: ali, vive gente expulsa da terra, sem um canto para plantar – nesse país imenso e rico, mas ainda dominado pelo latifúndio.

A reforma agrária interessa, ainda, a quem percebe que a violência urbana se explica – em parte – pelo deslocamento desorganizado de populações que são expulsas da terra e obrigadas a viver em condições medievais, nas periferias das grandes cidades.

Por isso, repetimos: independente de concordarmos ou não com determinadas ações daqueles que vivem anos e anos embaixo da lona preta na beira de estradas, estamos em um momento decisivo e precisamos defender a reforma agrária.

Se você é um democrata, talvez já tenha percebido que os ataques coordenados contra o MST fazem parte de uma ofensiva maior contra qualquer entidade ou cidadão que lutem por democracia e por um Brasil mais justo."



(...)

15.3.10

Senador Roy Ashburn mostra para que veio...


Avanços nas relações de respeito, justiça, igualdade e dignidade para os homossexuais há mais de uma década têm na figura de Roy Ashburn uma inimizade ímpar...

(ou tinham...)


Após anos de “militância”, na terça feira da segunda semana de março, por ser flagrado deixando uma boate gay, bêbado e “bem acompanhado”, o ortodoxo senador cristão, pai de quatro filhos e aos 55 anos assume a que veio, numa entrevista à rádio local de Bakersfield, KERN-AM...


Em sua ressaca moral, comentou a pérola, de que suas posturas não representam suas crenças de fato, mas sim “da fatia a que representa...”


Diante de tal fato, o conjunto musical representado nesta página de blogspot tem uma importante exclamação a fazer:

- “Tolinho...”.


(Fecha aspas)


Link para Matéria no “Mídia Independente”...





E é impressionante a postura dos conservadores, mesmo aqui, na lata de lixo dos EUA, sobre o fato.


Nesse link para o “Fórum Go$pel”, há quem chegue a nivelar a opção sexual desse “golfinho” com a índole do ex-presidente da Galáxia, George W. Bush...


E (para eles, claro), a letra de “Brothers and Sisters” (do grandioso No Violence!)...


“Não suporto mais o seu ódio, é isso...

Me cansei desse preconceito

Levantaremos nossa voz contra vocês –

IRMÃOS E IRMÃS, VOCÊS NÃO ESTÃO SÓS NESTA BATALHA!

Estamos em pé contra a homofobia!

Vocês não têm o direito de segregar!

Dizem que detêm a verdade, mas quem a deu a vocês?

Eu não permitirei que essas mentiras se perpetrem!

O que é o “certo”? O que é o “errado”? Quem são vocês pra dizer isso?

Cegos demais pra fazer qualquer julgamento!

Eles fizeram uma escolha que eu respeito

E eu vou protegê-la, e a vejo tão natural quanto a que nós fizemos

Todo esse ódio...

Por que você não entender o amor entre pessoas do mesmo sexo?

Mas você não quer diálogo,

então chama isso de pecado, chama de crime...

E eu te chamo de Hipócrita! Você é meu inimigo!

Recuso tuas mentiras, chega de lágrimas rolando...”



(...)

11.3.10

Massacre de cristãos na Nigéria: Casualidades religiosas...

por Augusto Miranda

A divergência de crenças não é razão suficiente pra que se odeie, queira mau e aja com violência contra outra pessoa ou grupo.
Pelo menos, deveria ser assim.
Incrível – termo mais amplamente aplicável a qualquer coisa que gire em torno de religião... – como sobretudo as religiões monoteístas têm dificuldade em aceitar a diferença de opinião e estilo de vida,e a facilidade que têm de engolir, regurgitar e comer novamente tudo o que sempre foi imposto nas páginas do alcorão e bíblia, como “amor ao próximo” (piada), “justiça”, “outra face” (mais pedida do que oferecida, porém vendida a preços módicos pelos neo-pentecostais de plantão).
Um bom exemplo disso aconteceu neste fim de semana último, dia 07 de março, quando centenas de pessoas, a maioria cristãos, homens e mulheres de quaisquer idades e até mesmo crianças foram retiradas de suas casa sob o susto de rajadas de tiros e depois, do lado de fora, massacradas a golpe de facão por pastores muçulmanos, em Jos, Nigéria.
Falou-se em mais de quinhentas pessoas. Falou-se em duzentas pessoas. Depois falou-se em duzentas pessoas sendo enterradas em vala comum. Reduziu-se então o número a 109...

A cor da pele tem desse poder, de te transformar em um número oscilante ou numa pessoa com identidade e direitos à medida que clareia em sua tonalidade... Deus não parece enxergar sob a pele, ou não consegue ensinar seus seguidores a o fazer. Parecem ter um problema excludente com relação à melanina e opiniões...
Quase NOVE ‘M – I – L’ pessoas deixaram suas casas ou para se refugiarem em regiões afastadas ou em delegacias por conta do pavor...
Ondas de protestos tomaram conta das ruas por volta da quinta feira. De cruzes, bíblias e ramos de arvore (tradição local em manifestações) reclamavam da que chamam de “Liderança Invisível” – referência ao inerte vice-presidente, Goodluck Jonathan, que ocupava o posto do presidente Umaru Yar'Adua, afastado por problemas de saúde...
Essa “rusga” não é recente, é nada nova.
Ainda em janeiro agora, cerca de 300 pessoas foram dizimadas, em sua imensa maioria muçulmanos, em conflitos entre as etnias muçulmanas do norte e cristãs do sul, que aliás, quase que dividem a Nigéria territorialmente.
Os números de mortos nesses conflitos que só fazem sentido para os religiosos locais tem sido nada humildes ao longo dessa última década. Cerca de MIL mortos em setembro de 2001... Outras setecentas vitimas em 2004, e em 2008, trezentas...
Na prisão de 49 suspeitos e indiciados por homicídio doloso e conspiração, pelo terror recente, a justificativa para estes últimos ataques foi a de se tratar de uma “missão de vingança...”.
Alá provavelmente os recompensará, assim como Jesus galardoará aos do outro lado...


(...)

Do estado...

por Paulo Claudino.

Estado relapso insano -
Mortes anunciadas pelo bom dia Brasil .
Fontes de água esgotando a energia
É o fim de tudo que surgiu...

Onde há esperança pra acreditar ?
Que futuro, que utopia necessária ?
Quem é você para você ?
De quem é a última palavra ?

Estado colapso nacional -
Bandeiras disformes da estupidez!
Minorias dos guetos, todos pretos,
Agora de quem é a vez ?

O estado sou eu
A maquina de fazer sonhos ...
O estranho passageiro da velocidade
Velocipede marchando !




Luta armada de idéias
Todo este tempo filosando .
Uma hora chega e se entrega
A liberdade que tanto almejamos !

Segundo a paixão anarquista
Segundo a guerra dos anjos .
O mundo real é fascista -
Mas a paz é um plano...

Estado contra todos...
Estado contra ninguém...
Enquanto isso lutamos
Para um dia ser alguém...


(...)

5.3.10

Grafitagem, Gambah...


Demonstrações de carinho como essa,
continuam a nos deixar sem reação...

Ainda ficamos sem saber muito o que dizer,
mas deixamos um agradecimento público e carinhoso ao nosso amigo "Gambah",

pela menção honrosa
na aba esperta do grafitado...




















(...)

Resistência Palestina.... (grafite)

da galeria flickr de zancudo911...



(...)


"Eu sei, mas não devia..." Marina Colasanti

por Marina Colasanti
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.
A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.



[ Agradecimentos ao Naconeski, pela indicação.. . ]




(...)

2.3.10

A Marcha de Ataque ao Coração...

Cerca de 400 pessoas protestaram "vigorosamente" pelas ruas de Vancouver, no dia 13 de Fevereiro, 2010.


Uma ação dum Bloco Negro para "obstruir as artérias do capitalismo..."


Os principais alvos foram as empresas patrocinadoras dos jogos olímpicos, em especial as localizadas na Hudson's Bay Company, importante centro comercial local...



Alguns donos de carros luxuosos também tiveram um "surpresa"...

Treze pessoas presas e muitas mais detidas momentaneamente.